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Re. Talho

Há dias que nos retiram as forças. 

Dias de sol sem vento, dias bons. 

São dias como todos os outros em que se arruma a vida a um qualquer canto, porque o sol, sim o sol esse não espera. 

Tudo o resto são retalhos que guardo em qualquer gaveta para depois desarrumar. 

Num dessses quaisquer dias de sol, reparo nos retalhos todos espalhados. nem me apercebi que tinha tantos. 

Fui atalhando caminho como quem varre para baixo do tapete. E toma lá. 

É como arredar os móveis para fazer limpezas mais profundas e, ora aqui ora ali encontramos um brinquedo, um brinco uma moeda. 

Pequenas mas, grandes coisas, que fazem toda a diferença no final das contas.  Ficamos sem troco. Só com um brinco para a festa e sem brinquedo para festejar. 

Ter ou não ter consciência do que está debaixo do tapete é o trabalho de casa, que se deve ter em dia. 

Não há grão de areia que nos tire o sono. Mas alguns grãos marcam a pele, feito tatuagem. 

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